Lições de Muammar Kadhafi para a área de RH
Muammar
Kadhafi foi severamente subjugado pelos seus opositores, por ocasião de
sua morte. As imagens contrastam-se com o seu poder que parecia
infinito e o extremo exibicionismo de pompa evidenciado pelo próprio
ditador durante os seus 42 anos de comando. Kadhafi, com a patente de
coronel, tomou o poder após um golpe de estado e assumiu a liderança da
Líbia, em 1969. Desde então, exerceu um regime ditatorial e enormemente
repressivo para com o seu povo - classificado, por muitos, como um
governo "autocrático".
A
morte de Kadhafi certamente entrará para a história como um dos
episódios mais marcantes da chamada Primavera Árabe (conjunto de
manifestações realizadas com objetivo de questionar os regimes
autoritários e centralizadores que ocorrem em diversos países do Oriente
Médio).
Dentre
aquilo que personagens, como Kadhafi, têm em comum é a situação de caos
e tensão que eles deixam nos seus países, mesmo após o fim de seus
regimes ditatoriais.
No mundo corporativo, normalmente o profissional atinge uma posição de comando por meio de uma liderança institucionalizada ou formal, mas tal liderança deve ser percebida e aceita, pelos liderados, para que assim o líder ganhe legitimidade. A liderança não representa apenas um cargo, mas sim de um papel a ser exercido. Isso faz com que o líder possa liderar independentemente do seu "status". Caso contrário, corre o risco de o líder lançar mão de um estilo de liderança autocrático, para comandar seus liderados e mantê-los sob suas ordens, se ele se basear apenas na liderança formal.
No mundo corporativo, normalmente o profissional atinge uma posição de comando por meio de uma liderança institucionalizada ou formal, mas tal liderança deve ser percebida e aceita, pelos liderados, para que assim o líder ganhe legitimidade. A liderança não representa apenas um cargo, mas sim de um papel a ser exercido. Isso faz com que o líder possa liderar independentemente do seu "status". Caso contrário, corre o risco de o líder lançar mão de um estilo de liderança autocrático, para comandar seus liderados e mantê-los sob suas ordens, se ele se basear apenas na liderança formal.
É
bem verdade que a liderança institucionalizada tem o seu papel, por
exemplo: haverá momentos em que o líder poderá utilizar o estilo
autocrático e se servir de seu poder, conferido pela força do cargo,
para submeter ao seu comando algum liderado que se opõe contra os
objetivos e os interesses plausíveis do grupo. Assim, faz-se presente a
liderança situacional, onde o líder estará frequentemente avaliando a
maturidade de seus colaboradores e alterando o seu estilo, tendo como
desafio saber qual estilo ajusta-se melhor (estilo autocrático, liberal e
democrático).
Porém,
quando praticado de forma constante, o estilo de liderança autocrático é
um solo fértil para o autoritarismo. É quando uma pessoa abusa do poder
na função que lhe foi concedida, caracterizando-se pelo uso do medo e
da coação nos seus subordinados. Sendo assim, o autoritário, quase
sempre, oculta suas fraquezas externando poder - dando demonstrações
públicas de que quem manda é ele. Muitas vezes, o estilo de liderança
autocrático é exercido de forma abstrata, mas revestido de
autoritarismo. Tal atitude potencializa o assédio moral nas relações de
trabalho.
Os
profissionais da área de Recursos Humanos (Gestão de Pessoas) devem
promover um levante contra o estilo de liderança autocrático, quando ele
permeia e predomina no ambiente organizacional. De que forma? Por meio
da disseminação do conhecimento. Buscar conhecimento e competência para
fazer face aos líderes autocráticos é o meio mais adequado para
neutralizá-los. Promover ações, como: palestras, treinamentos,
participação em workshops, congressos, grupos de discussão etc. Assim,
criam-se incentivos para que o conhecimento seja disseminado.
Como
foi bem colocado por Arnaldo Jabor: "O fim de Kadhafi ilustra o avanço
da consciência política influenciada pela Tecnologia da Informação
contra o atraso ridículo de velhos ditadores".
Kadhafi
quis ser o ditador mais poderoso de todo um continente, mas acabou num
buraco. O destino dele foi um sinal para outros ditadores que ainda
resistem ao movimento chamado Primavera Árabe.
Semelhantemente, é bom que os "ditadores organizacionais" de plantão também coloquem as "barbas de molho", pois ninguém mais tolera um estilo de liderança autocrático, diante da aceleração de conhecimentos proporcionados por uma sociedade democrática e em constante transformação.
Semelhantemente, é bom que os "ditadores organizacionais" de plantão também coloquem as "barbas de molho", pois ninguém mais tolera um estilo de liderança autocrático, diante da aceleração de conhecimentos proporcionados por uma sociedade democrática e em constante transformação.